domingo, 20 de outubro de 2013



Eleitores ladrões

Hoje é dia de eleições em Vila Franca do Campo e às urnas irão bons e maus cidadãos, gente honesta e desonesta, pessoas respeitadoras do património alheio e ladrões.
Ontem, quando me preparava para colher castanhas de uns castanheiros que tenho na Ribeira Seca, senti umas vozes que provinham do local onde eles se encontram. Como já havia sido ameaçado de morte por alguém que não consegui identificar e que estava a cortar uma criptoméria que me pertencia, por prudência decidi não me aproximar do local.
Assim, fiquei à espera para tentar identificar os amigos do alheio. Passados alguns minutos, vi que dois indivíduos que não têm propriedades na zona e que não consegui identificar traziam três sacos de plástico com castanhas.
Na tentativa de os identificar, deixei-os passar na esperança de que fossem identificados pelos populares que normalmente se encontram no Canto da Cruz e ao fim de alguns minutos desci até ao centro da freguesia e qual não foi o meu espanto quando os vi entrar numa moradia na rua da Cruz.
Depois de um deles ser identificado, fiquei a saber que é filho de “boas famílias” e que é casado com uma senhora que também é filha de “boas famílias”.
Mas como nem sempre o ditado “tal pai tal filho” é para ser levado à letra fiquei a saber por uma pessoa da família que um deles era um malandro, um drogado, que vivia à custa de dinheiro do estado e já agora, também, do meu.
Hoje, vão comemorar a eleição do presidente da Câmara de Vila Franca do Campo, comendo as minhas castanhas e bebendo à custa dos meus impostos.
São coisas desta falsa democracia permissiva, onde quem não come à custa dos outros tem a vida dificultada.
Sou roubado pelos de cima (Estado) e sou roubado pelos de baixo que contam com a complacência daqueles.
Teófilo Braga
Nota- Não quero ofender a gente honesta da rua da Cruz, mas se colocasse aqui o número da porta era capaz de ser processado por ofender o “bom nome” que qualquer ladrão acha que deve ter.

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