Fonte: http://parquedaciencia.blogspot.com/2014/03/isaac-newton-o-pai-da-fisica-moderna.html
O ano de 2015 foi proclamado, pelas Nações Unidas, como o Ano Internacional da Luz e das Tecnologias baseadas na Luz., como forma de reconhecimento da importância das tecnologias baseadas na luz na promoção do desenvolvimento sustentável e na busca de soluções para os desafios mundiais nas áreas de energia, educação, agricultura, saúde, etc.
Se na maior parte das vezes as comemorações dos diversos anos internacionais pouco adiantam em termos de resolução dos problemas concretos das pessoas, no caso em apreço, pelo menos nos Açores, não se conhece qualquer iniciativa para o assinalar, por mais simbólica que seja.
No texto de hoje, sucintamente, apresentarei alguns físicos que com as suas teorias e investigações contribuíram para um melhor conhecimento da luz e consequentemente tornaram possível diversas aplicações das tecnologias nela suportadas.
O primeiro físico que vamos mencionar neste texto é o inglês Isaac Newton (1643-1727), conhecido pela sua obra Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, onde descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica que é a que é ensinada, ainda hoje, nas nossas escolas, no terceiro ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário.
Mas, para além do seu monumental contributo para a física, Newton também se dedicou à astronomia, à matemática, à filosofia natural e à teologia.
No que à luz diz respeito, Newton propôs a teoria corpuscular segundo a qual a luz é constituída por pequenas partículas que são emitidas pelas fontes luminosas. A teoria corpuscular explicava muito bem os fenómenos da reflexão e da refração.
Newton, também, explicou por que razão a luz branca pode ser decomposta em “luzes de várias cores”. Este fenómeno ótico que se denomina dispersão foi observado por ele em 1672 quando fez atravessar por um prisma um feixe de luz branca.
Newton, que segundo o físico português Carlos Fiolhais conseguiu ofuscar “a grande maioria dos seus opositores” não foi capaz de fazer sombra ao físico holandês Christiaan Huygens (1629-1695) que defendeu que a luz era uma onda que se propagava no éter, o qual, no final do século XIX, se provou não existir.
Depois do confronto entre as duas teorias, que durou muito tempo, a ondulatória de Huygens ganhou adeptos pois conseguiu explicar os fenómenos da difração e interferência da luz que a corpuscular não era capaz de o fazer.
Mas, uma questão permanecia por responder: afinal, o que é a luz?
A resposta foi dada pelo físico e matemático escocês, James Maxwell (1831-1879), cujo trabalho em prol da ciência foi considerado por Albert Einstein “o mais profundo e frutífero que a física descobriu desde Newton". Para ele a luz estava relacionada com a eletricidade e com o magnetismo, sendo, segundo Pierre Guaydier, uma onda luminosa representada “pela associação de um campo magnético e de um campo elétrico periodicamente variáveis com uma frequência muito grande, propagando-se estas variáveis à velocidade de 300 000quilómetros por segundo”.
Como é impossível fazer referência a todos os físicos que contribuíram para o estudo da luz, para terminar este texto, farei uma breve referência ao físico teórico alemão, naturalizado americano, Albert Einstein (1879-1955), que soube conciliar as duas teorias, a corpuscular e a ondulatória, dizendo que uma teoria explicava bem alguns fenómenos enquanto a outra explicava outros.
Para além disso, Einstein explicou, em 1905, o efeito fotoelétrico, o qual consiste em arrancar eletrões de uma superfície metálica quando sobre ela incide luz, o que lhe valeu, em 1921, o prémio Nobel da Física.
Teófilo Braga
(Correio dos Açores, 30763, 21 de outubro de 2015, p.13)
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