sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O activismo ecologista/ambientalista







Ao longo da minha vida foram pertenci a várias associações de defesa do ambiente e dos Animais, tendo nalgumas delas exercido funções no seus Órgãos. Aqui vão algumas delas:

Liga para a Protecção da Natureza (associado)
Luta Ecológica (dirigente)
Quercus (associado, o primeiro associado dos Açores)
Amigos da Terra (fundador e dirigente do Núcleo dos Açores)
Amigos da Serra da Estrela (associado)
Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (associado)
Amigos dos Açores (dirigente de 1994 a Novembro de 2010)
ANIMAL (associado)
Associação Açoriano de Protecção dos Animais (associado)
Campo Aberto (associado)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A mania de escrever para os Jornais


Desde os meus 18 anos comecei a escrever para os jornais. Recordo-me de ter textos meus publicados, entre outros, nos seguintes jornais ou revistas:
Correio dos Açores
Diário dos Açores
Açoriano Oriental (onde fui colaborador regular)
Diário Insular
A União
A Vila(onde mantenho colaboração mais ou menos periódica)
Voz do Povo (onde fui correspondente)
Directo (onde fui coordenador da secção de ecologia)
Luta pela Democracia Popular
Farol das Ilhas
Bandeira Vermelha
Em Marcha (correspondente)
Caminar
Terra Nostra (onde sou colaborador regular)
Gente Nova (onde fui correspondente)
Luta Social (onde fui co-responsável)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O Consumo de Água


Hoje, pensamos que não haverá qualquer localidade, nos Açores, por mais remota que seja, que não tenha água de abastecimento público em casa de cada uma das famílias.

Se os trabalhos necessários para o efeito foram relativamente fáceis devido à proximidade das nascentes, o que terá acontecido com as várias freguesias do Concelho de Vila Franca do Campo, noutros casos foi empreendimento deveras complicado, como no caso de algumas freguesias da costa Norte da ilha de São Miguel, como o Pico da Pedra.

Nos primeiros séculos da presença humana na Ribeira Seca, os seus moradores água da ribeira, como se pode ler numa correição, feita a 10 de Junho de 1661, o corregedor André Lopes Pinto ficou a saber que “na Ribeira Seca e Ribeira das Tainhas se lançam imundices em logares limpos, e se lavam tripas e outras cousas, o que era em prejuízo dos moradores, por beberem água pelas ditas ribeiras”.

Mais tarde, foram construídos vários fontanários. O primeiro terá sido construído na rua da Cruz, no final do ano de 1905 ou inícios de 1906, para o uso dos moradores da localidade. Este fontanário e respectivo tanque eram também usados pelo gado bovino, o que não agradava às pessoas que também o usavam para buscar água para gasto nas suas casas. O jornal “O Autonómico”, em 2 de Março de 1929, relata o facto, alertando a Câmara Municipal de Vila Franca do Campo para o descontentamento das pessoas pelo facto do local se tornar “um pouco immundo, pelos dejectos que n’elle ficam”.

Em 1933, o jornal referido anteriormente menciona a construção de uma “fonte na Rua Nova” e mais tarde, em data que não conseguimos apurar, uma no canto da Palmeira e outra no canto da Ponta Garça (sul da Rua do Jogo).

Na década 70 do século passado, apenas existiriam as fontes da rua do Jogo e a da Palmeira, bem como uns tanques, datados de 1956, na rua da Palmeira, localizados ao lado do caminho do Pico d’el Rei, para uso do gado bovino e dos cavalos que abundavam na localidade. Pelo que me lembro, estas fontes eram pouco usadas pois a maioria das casas já possuía água canalizada, o que terá ocorrido em 1964.

Ainda nas décadas de 60 e 70 do século passado, algumas pessoas, sobretudo as que tinham menos posses, continuavam a lavar a roupa na ribeira. Com o objectivo de dar melhores condições aos habitantes foram construídos uns lavadouros públicos na Estrada Nova que hoje não têm qualquer utilidade.

Com o crescente consumo de água, nos nossos dias, o desafio que se coloca é o de garantir que continue a chegar água a todas as casas em quantidade e com a qualidade necessária a garantir uma vida saudável, pelo que é urgente a protecção de todas as nascentes e o seu uso racional por parte dos consumidores.

27 de Dezembro de 2010

Teófilo José Soares de Braga


domingo, 12 de dezembro de 2010

Alguns apontamentos sobre o ensino na Ribeira Seca


(Edifício da antiga escola na rua da Calçada)

Tal como nos textos anteriores, não se pretende com este tratar de forma exaustiva a problemática do ensino na Ribeira Seca de Vila Franca do Campo. Esta tarefa ficará para quem esteja mais habilitado para o efeito ou para quem tenha mais disponibilidade. Assim, o que se apresenta, a seguir, é apenas a compilação de algumas notas soltas que tivemos a oportunidade de recolher nos jornais, de Vila Franca do Campo, “A Vila” e “O Autonómico”.
A 1 de Outubro de 1922, começou a funcionar na Ribeira Seca uma escola móvel, tendo o governo nomeado para o efeito o professor Umberto Aures de Serpa e Sousa. Em 1929, a escola tinha como professora a Sr.ª D. Robínia da Conceição Pacheco.
Em 1931, a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo manifestou a sua intenção de construir um edifício para a instalação de duas escolas, tendo para o efeito já escolhido o local. Três anos depois, no dia 14 de Novembro visitou a Ribeira Seca o inspector escolar sr. Manuel Moniz Morgado onde teve a oportunidade de inspeccionar o edifício, situado na Calçada, onde passaria em breve a funcionar a escola.
A primeira professora desta escola terá sido a Sr.ª D. Luísa do Nascimento Nunes e em 1936 realizaram exames do 2º Grau do Ensino Primário as seguintes alunas: Ermelinda dos Santos Andrade e Maria José de Sousa Couto, que foram aprovadas com distinção, e Maria do Carmo e Maria Diamantina, que foram aprovadas. Dois anos depois, em 1938, foi nomeado professor da Escola do sexo masculino o sr. Teotónio Machado de Andrade, que injustamente, quanto a mim, é o patrono da actual escola da Ribeira Seca.
Em 1962, o actual edifício escolar, construído ao abrigo do Plano dos Centenários, começou a receber alunos.
A 1 de Dezembro de 1966, realizou-se, nas Escolas da Ribeira Seca, a bênção de um nicho dedicado a Nossa Senhora da Conceição, bem como de outros melhoramentos, de que se destaca, pelo pioneirismo, uma piscina. Naquela data eram professores, na Ribeira Seca, D. Adelaide Soares, D. Margarida Simas Borges, D. Claudete Marques, o Sr. Eduardo Calisto Amaral, o Sr. Valter Manuel Soares Ferreira e o Sr. Octávio da Silva Costa.
Em 1972, ano em que se realizou uma animada festa escolar, exerciam a sua profissão nas escolas da Ribeira Seca os seguintes professores: Eduardo Calisto Amaral, Adelaide Soares, Valter Manuel Soares Ferreira, Ildebranda Matias e Ilda Cesarina Borges.

Ribeira Seca, 5 de Outubro de 2010
Teófilo José Soares de Braga


(Edifício escolar actual)